Conhecido como “Xuruca”, Alexandre era apontado pela Polícia Federal como membro do alto escalão de organização criminosa com atuação no Amazonas e no Rio de Janeiro. Criança de 1 ano e 8 meses também foi baleada no ataque.
Um crime brutal chocou Florianópolis na noite de quinta-feira (9). Alexandre Araújo Brandão, de 39 anos, natural do Amazonas e conhecido como “Xuruca”, foi executado a tiros enquanto segurava uma criança de apenas 1 ano e 8 meses no colo, no bairro Campeche.
De acordo com a Polícia Militar, o suspeito se passou por morador da região, se aproximou da vítima e efetuou vários disparos. Imagens de câmeras de segurança registraram Alexandre tentando correr com a criança, mas sendo alcançado e baleado novamente.
A criança também foi atingida durante o ataque e levada às pressas para o Hospital Infantil Joana de Gusmão, em estado grave. Até o momento, seu estado de saúde não foi divulgado oficialmente.
Após o crime, o suspeito fugiu a pé e entrou em um Fiat Uno vermelho, modelo antigo, que foi encontrado pela polícia no bairro Agronômica e recolhido para perícia.
Histórico Criminal e Tentativa Anterior
Alexandre Araújo Brandão possuía histórico criminal extenso. Em 2024, foi preso em flagrante em Florianópolis durante a Operação Piramutaba, conduzida pela Polícia Federal e pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, em um apartamento no bairro Campeche. Na ocasião, foram apreendidas armas, joias e documentos falsos. Ele respondia a mais de 12 processos, incluindo homicídios, tráfico de drogas, violência doméstica e lavagem de dinheiro.
Em julho de 2025, Alexandre sofreu um atentado em Manaus. Ele estava em seu veículo — um Land Rover Discovery avaliado em cerca de R$ 500 mil — quando foi alvo de mais de 50 disparos. Apesar dos ferimentos nas pernas, conseguiu sair do carro e revidar.
Investigação Policial
Segundo o delegado Pedro Mendes, responsável pelo caso em Florianópolis, Alexandre era alvo de investigações e seria integrante do alto escalão de uma organização criminosa com atuação no Amazonas e no Rio de Janeiro. A Polícia Federal também confirma seu envolvimento com o Comando Vermelho, uma das facções mais perigosas do país.
Equipes da Delegacia de Homicídios, Polícia Científica e Instituto Médico Legal (IML) foram acionadas. A motivação do crime segue sendo investigada, assim como a identificação e localização do suspeito.
Repercussão
O caso chama atenção pelo nível de violência e pela presença de uma criança no momento do crime. Especialistas apontam que execuções desse tipo são sinais de disputas internas em organizações criminosas e fortalecem o alerta das autoridades sobre a atuação de facções fora de seus estados de origem.
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