Vítima afirma que foi retirada da rota, agredida e abandonada; motociclista citado no caso nega envolvimento e diz ser acusado injustamente
Uma mulher denunciou ter sido agredida por um motorista de aplicativo e um comparsa armado durante uma corrida em Manaus. O caso aconteceu na madrugada e está sendo investigado pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM).
A vítima, identificada como Márcia Santos, relatou que solicitou uma corrida por aplicativo saindo do Caritó com destino ao bairro Flores, na zona centro-sul da capital amazonense. Segundo ela, durante o trajeto, o motorista teria desviado da rota prevista, passando por outras ruas até parar em frente a um parque no bairro Petrópolis, na zona sul.
Ainda conforme o relato, no local um segundo homem, que estava em uma motocicleta, se aproximou do veículo, desceu portando uma arma de fogo e, junto com o motorista, passou a agredi-la. Sob ameaças, os suspeitos exigiram a senha do celular da vítima, que foi informada corretamente, mas o aparelho não chegou a ser acessado.
Após as agressões, Márcia afirmou que foi jogada no chão e abandonada. Em seguida, conseguiu solicitar outra corrida por aplicativo e foi levada até uma delegacia, onde registrou a ocorrência.
Motociclista nega acusações
Apontado pela vítima como um dos envolvidos no crime, o motociclista de aplicativo Ismael Gomes se apresentou espontaneamente à polícia nesta segunda-feira (15) e negou qualquer participação nas agressões. Ele afirmou que não realizou a corrida com Márcia e que está sendo acusado injustamente.
Segundo o motociclista, ele aceitou a chamada da corrida por volta das 3h40, mas a passageira não apareceu no ponto de embarque, em frente ao Caritó. Ele afirmou que aguardou cerca de seis minutos no local, conforme registro do aplicativo, e encerrou a corrida sem que a mulher tivesse entrado em sua motocicleta.
“Fiquei esperando porque a corrida já tinha sido iniciada e paga. Como ela não apareceu, finalizei no mesmo local. Tenho como provar isso com o GPS do veículo e os registros do aplicativo”, afirmou.
Ismael disse ainda que, após encerrar a corrida, permaneceu por alguns minutos nas proximidades e depois aceitou outra chamada, desta vez na Praça do Caranguejo, no bairro Eldorado. Ele informou que seus advogados solicitaram imagens de câmeras de segurança da região para comprovar sua versão.
O motociclista também relatou que decidiu se apresentar à polícia após ter sua imagem divulgada nas redes sociais e receber ameaças. “Minha imagem foi espalhada, divulgaram meu endereço e colocaram minha família em risco. Por isso procurei a polícia para esclarecer os fatos”, disse.
Investigação
A Polícia Civil do Amazonas informou que o caso segue em investigação e que todas as versões estão sendo analisadas. Imagens, registros de aplicativos e depoimentos devem ser usados para esclarecer o que aconteceu e identificar os responsáveis.

