Operação da Polícia Civil e Militar nos Complexos do Alemão e Penha deixa 119 mortos, 133 presos e apreensão de armas; facção afirma que integrantes “morreram como guerreiros no RJ”.
Amazonas – O Comando Vermelho do Amazonas (CV-AM) divulgou nesta quarta-feira (29) uma nota de pesar pela morte de 11 de seus integrantes durante a megaoperação policial deflagrada no Rio de Janeiro, considerada a mais letal da história do estado. Entre os mortos estão Cabeça, Gringo, Soldado, Alê, Macaco, Dimas, Lukinhas, Ademar, Neném, Jamantinha e Da Bahia. Em nota, a facção afirmou que os amazonenses “morreram como guerreiros no RJ e que Deus deve recebê-los no Céu”.
A operação, batizada de Operação Contenção, foi deflagrada na manhã de terça-feira (28) e mobilizou cerca de 2.500 agentes da Polícia Civil e Militar. O objetivo era cumprir 180 mandados de busca e apreensão e 100 mandados de prisão nos Complexos do Alemão e da Penha. Ao chegar nas comunidades, os agentes foram recebidos a tiros, resultando em intenso confronto.
Segundo balanço oficial do governo do Rio de Janeiro, até o momento já foram contabilizados 119 mortos, sendo 115 suspeitos e 4 policiais, além de 133 presos e 10 menores apreendidos. A operação também apreendeu 118 armas, entre elas 91 fuzis, e 14 artefatos explosivos.
De acordo com o secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, entre os presos há 33 traficantes de outros estados, incluindo Amazonas, Ceará e Pernambuco. “Todos os bandidos que têm poder de decisão nos seus estados estão vindo para o Rio de Janeiro. Eles dão ordem de morte a partir da relativa tranquilidade que têm em seus locais de origem”, afirmou.
Moradores do Complexo da Penha relataram ter encontrado pelo menos 74 corpos na Estrada José Rucas, um dos principais acessos da região, na madrugada desta quarta-feira. O governo estadual confirmou oficialmente 58 mortos pela manhã, mas em coletiva elevou o número total de mortos para 119. Uma perícia será realizada para verificar se há relação entre todas as mortes e a operação.
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