Ricardo Jardim, condenado por homicídio em 2018, foi preso após abandonar partes do corpo da mulher em uma mala
O publicitário Ricardo Jardim foi preso nesta quinta-feira (4) pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul, suspeito de ter matado e esquartejado sua companheira. Imagens de câmeras de segurança registraram o abandono de partes do corpo dentro de uma mala no guarda-volumes da rodoviária de Porto Alegre.
Jardim já possuía histórico criminal grave: em 2018, foi condenado a 27 anos de prisão por matar e concretar o corpo de sua mãe, Vilma Jardim, de 76 anos, no apartamento em que moravam no bairro Mont’Serrat, em Porto Alegre. Na ocasião, a motivação também teria sido econômica, ligada ao seguro de vida da vítima. Apesar de confessar a ocultação do cadáver, Ricardo negou o assassinato, alegando suicídio. Ele havia progredido para o regime semiaberto em 2024 e estava foragido desde 6 de abril do mesmo ano.
No caso recente, a polícia suspeita que o crime tenha sido motivado por questões financeiras, já que o homem tentou realizar saques na conta da vítima e utilizou o celular dela para se passar por ela junto a familiares e amigos. A investigação aponta que Jardim possui perfil psicopata e que o crime teria sido meticulosamente planejado, possivelmente inspirado no histórico “crime da mala” de 1928, em São Paulo.
Os restos mortais foram encontrados em diferentes datas e locais: braços e pernas em sacos de lixo na Zona Leste da capital gaúcha no dia 13 de agosto, e o tronco dentro da mala no guarda-volumes da rodoviária de Porto Alegre no último dia 1º. Peritos constataram que os cortes foram feitos após a morte, descartando a hipótese de reação da vítima.
A investigação da Polícia Civil contou com imagens de segurança que mostraram o suspeito abandonando a mala enquanto estava disfarçado. Ele deixou um documento de terceiros e um bilhete com informações falsas, numa tentativa de despistar os investigadores. O caso segue sob apuração pelo Departamento de Homicídios.