Artista estava com menor envolvido com grupo criminoso em sua casa no Joá e reagiu contra a polícia durante operação
O rapper Oruam será indiciado por associação ao tráfico de drogas e por vínculos com uma facção criminosa atuante no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela Polícia Civil do Estado.
O caso ocorreu na noite desta segunda-feira (21), quando agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) realizavam uma operação no bairro do Joá, zona Oeste da capital fluminense. Na ocasião, foi apreendido um adolescente que estava na residência do artista. O menor é suspeito de atuar como segurança de Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca”, uma das lideranças da facção.
O adolescente foi abordado ao deixar a casa, acompanhado por outras quatro pessoas. Durante a revista, os policiais apreenderam um celular e um cordão. Ao perceberem a ação, Oruam e outros oito indivíduos surgiram na varanda do imóvel, lançando pedras e proferindo ofensas contra os agentes. Um policial ficou ferido.
Segundo os investigadores, durante o confronto verbal, Oruam chegou a se identificar como filho de “Marcinho VP”, um dos chefes da facção criminosa, numa tentativa de intimidação. Um dos suspeitos correu para dentro da residência e acabou preso em flagrante pelos crimes de desacato, resistência, lesão corporal, ameaça, dano e associação ao tráfico.
Oruam e os demais deixaram o local antes da chegada do reforço policial. Pouco tempo depois, publicaram nas redes sociais um vídeo em que aparecem chegando ao Complexo da Penha, sob aplausos e fogos de artifício. Toda a ação, desde a abordagem policial até a fuga, foi registrada e divulgada pelo próprio artista. Em outro vídeo, ele desafia os agentes de segurança, afirmando: “Quero ver vocês virem aqui, me pegar aqui dentro do complexo, não vai me pegar”.
De acordo com a DRE, esta é a segunda vez, em menos de seis meses, que indivíduos ligados à mesma facção criminosa são encontrados dentro do imóvel pertencente ao artista.