Policiais civis e militares foram presos durante a Operação Militia, deflagrada na manhã desta terça-feira (29) pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), em diversas zonas de Manaus. A ação investiga uma organização criminosa formada por agentes de segurança suspeitos de integrar uma milícia envolvida em crimes como roubo e extorsão.
Ao todo, foram cumpridos 32 mandados de prisão e busca e apreensão, com a apreensão de 17 armas, incluindo quatro fuzis, além de cerca de R$ 11 mil em espécie.
Entre os presos estão um perito da Polícia Civil (prisão temporária) e oito policiais militares (prisões preventivas), sendo quatro integrantes da Força Tática e um tenente.

O comandante-geral da Polícia Militar do Amazonas, coronel Klinger Paiva, afirmou que a corporação não compactua com atos criminosos cometidos por seus membros:
“A Polícia Militar recebe com muita seriedade. Acreditamos que esses policiais envolvidos não representam os mais de 8.500 policiais que atuam diariamente com compromisso de proteger e servir”, declarou.
A Polícia Civil do Amazonas ainda não se pronunciou oficialmente sobre a operação.
As investigações tiveram início em fevereiro deste ano, após um caso em que um homem foi retirado à força de um carro por indivíduos armados, usando coletes e balaclavas. A vítima só foi libertada no fim da tarde do mesmo dia por uma equipe da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), no bairro Santa Etelvina.

Durante as apurações, foi identificado também um casal vítima de abordagem semelhante. Segundo o promotor Armando Gurgel Maia, os criminosos extorquiram cerca de R$ 300 mil dessa segunda vítima.
“A partir desses dois casos fomos realizando os levantamentos e identificando os envolvidos”, explicou o promotor.
Os presos foram levados ao 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP) para prestar depoimento. Após audiência de custódia, devem permanecer à disposição da Justiça.