Na manhã desta terça-feira (15), trabalhadores do transporte coletivo em Manaus paralisaram 30% da frota de ônibus em circulação. A paralisação foi autorizada por decisão judicial e teve início por volta das 4h. A ação foi coordenada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram).
A redução na frota resultou em ônibus lotados e longos períodos de espera nos pontos. “Já estou aqui há mais de uma hora. Hoje o ônibus está demorando demais. Todo dia é uma luta para conseguir pegar”, desabafou um passageiro que aguardava no Terminal 5, na Zona Leste da cidade.
Entre as principais reivindicações dos rodoviários estão o reajuste salarial de 12% e a manutenção dos postos de trabalho dos cobradores em algumas empresas.
“Buscamos um acordo para garantir a permanência dos nossos colegas, que precisam desse emprego para sustentar suas famílias. Além disso, queremos nosso reajuste. Os empresários estão lucrando mais enquanto a gente acumula funções e recebe por apenas uma”, explicou Ednilson da Costa, motorista que aderiu à paralisação.
O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT 11) determinou que 70% da frota opere nos horários de pico – das 6h às 9h e das 17h às 20h. Nos demais períodos do dia, o mínimo de circulação deve ser de 50% da frota. O não cumprimento dessas exigências pode acarretar multa de R$ 60 mil por hora.
A Justiça também proibiu bloqueios nas garagens ou qualquer tipo de interferência que impeça a prestação do serviço público essencial. Os protestos devem ocorrer a pelo menos 150 metros das entradas dos estabelecimentos, sob risco de aplicação da mesma multa.